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A diversificação é muito importante, sendo um dos principais fatores para o sucesso da vida financeira. Desde crianças, sempre aprendemos a não deixar todos os ovos na mesma cesta. Não interessa se você é um investidor conservador, moderado ou agressivo. O objetivo é sempre o mesmo. Investir seu dinheiro de forma diversificada para potencializar os ganhos e diminuir o risco no caso de desvalorização. Recorrentemente, quando pergunto a alguém o que prefere, 1 milhão de reais ou 100 mil dólares? Agora, exatamente agora, o que me responderia? As pessoas pensam, mas a maioria faz conta e fala em 1 milhão de reais, pois entendem que com 1 milhão de reais elas conseguem comprar uns 200 mil dólares, pensando na taxa de 5 reais. Uma pequena parte fala que prefere os 100 mil dólares por não fazer conta. Simplesmente por saber a importância que o dólar tem em nossas vidas. Mas quando eu repito a mesma pergunta, porém falando mais sobre e daqui a 15 anos?

Todas elas respondem que preferem o dólar. Neste caso, eu digo, depende. Não temos como saber o que vai estar valendo mais, no entanto, uma coisa é importante: planejar e diversificar para que você tenha um pedaço do seu patrimônio atrelado à moeda mais forte do mundo. Caso aconteça alguma coisa – ninguém está livre - você estará diversificado e diminuindo o seu risco. E por que isso acontece?

O Brasil representa 2% do PIB mundial, ou seja, 98% do crescimento do mundo está fora do Brasil. Para se ter uma noção de comparativo, os Estados Unidos representam 23%, a China 17% e a Índia, 7,5%. Observe a primeira linha do quadro abaixo. Existe um índice chamado MSCI, que é um índice global de Ações do mundo. O Brasil faz parte desse índice somente com 1%, ou seja, 99% das oportunidades não estão no nosso País.

Hoje, só o valor da Apple é maior do que a Bolsa brasileira inteira. Pegando os dados do ano passado, a Bolsa brasileira, juntando todas as ações, tinha o valor de mercado de 1,2 trilhões de dólares, e a as Ações da Apple, valiam 1,3 trilhões. Dentre as 43 mil Ações listadas no mundo, mais de 5 mil estão nos Estados Unidos, 3 mil na China, 6 mil na Índia, e apenas 330 no Brasil.

Atualmente, das 100 marcas mais valiosas do planeta, 55 estão nos Estados Unidos. Sabe quantas brasileiras? Nenhuma.

Mas, existem investidores conversadores que já investem com exposição ao mercado exterior?

Os Fundos de Pensão dos nossos países vizinhos da América Latina, como Chile, Peru e Colômbia, têm respectivamente 42%, 38% e 28% alocados no exterior, e o Brasil não atingiu ainda nem 2%. Segue, abaixo, o desempenho das Bolsas ao redor do mundo na última década. Veja que o S&P destacou-se, apresentando desempenho superior e mais estável ao longo do tempo.

Atualmente, temos doze principais fundos para investir no exterior. Fora do Brasil, temos mais de 20 mil ativos para serem aplicados, mas vou concentrar nos quatro segmentos mais usados pelos brasileiros que investem no exterior: Fundos de Investimentos e ETF Algumas das gestoras mais conhecidas no mundo.

O que sempre ouço é que as pessoas dizem que precisam de muito dinheiro para investir fora do Brasil e isso não é verdade. Você precisa de conhecimento, do mesmo modo que também precisa investir no nosso País.

O grande problema em pensar no futuro é que as pessoas demoram a entender que a medicina avançada e um estilo de vida mais saudável, atualmente, estão fazendo com que as pessoas vivam cada vez mais.

Hoje, no Brasil, um casal com 55 e 59 anos pode se surpreender ao saber que, pelo menos um deles terá 57 % de probabilidade de viver além dos 85 anos de idade, e, portanto, seus investimentos precisam durar mais de 30 anos. Porém, estudos revelam que as pessoas não estão suficientemente preparadas para a aposentadoria.

Os investidores devem começar cedo, poupando mais, investindo com disciplina e estabelecendo um plano para o futuro.

E, claro, diversificando sua carteira no exterior.